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36ª CORRIDA DO TEJO

Mais uma participação na Corrida do Tejo, uma das provas clássicas de estrada em Portugal, com muita participação popular. Nove meses depois, a Esmeralda também participou novamente numa prova de 10K. Assim, esta foi a segunda vez que ambos participámos na mesma prova.


No sábado fomos ao Jamor levantar os dorsais e gostámos bastante do que vimos: mais um sítio bastante aprazível para correr em Lisboa ou simplesmente para passear ao ar livre.


O dia da prova iniciou-se muito cedo. Fomos de carro até Oeiras, perto da local da meta, onde deixámos o carro estacionado. De seguida, andámos cerca de 1 km a pé até à estação de Carcavelos, onde apanhámos o comboio até Algés, local de partida desta prova. Chegámos ao local da partida com mais de uma hora de antecedência. Até ao momento da partida fizémos um pequeno aquecimento, tirámos algumas fotos e vimos a animação dos Évora Night Runners, para lá de algumas idas, por precaução, ao WC. O tempo estava agradável, com muito sol sem estar demasiado calor, o ideal para a corrida.


Perto da hora da partida separá-mo-nos, com a Esmeralda a ir para o bloco "mais de 60 minutos" e eu para o "sub 50". Depois da boa prestação na prova anterior, duas semanas antes, os objectivos passavam por tentar tirar mais alguns segundos ao record pessoal dos 10K, apesar das várias subidas que esta prova apresenta ao longo do percurso. Por este motivo, início rápido, com o primeiro km a ser percorrido em 4:38 e o segundo em 4:45.


No km 3 ocorre a principal subida do percurso, a qual foi superada a bom ritmo (4:53 min/km). No km 4, predominantemente a descer, o ritmo acelerou para 4:34 min/km, tendo estabilizado nos dois kms seguintes entre 4:45 e 4:48. Assim, no final do km 6 o ritmo médio global era de 4:44 min/km, o que abria boas perspectivas para o estabelecimento de um novo record pessoal. Efectivamente, foi isso que veio a acontecer, com todos os kms realizados a um ritmo médio inferior a 5:00 min/km, apesar da quebra verificada nos últimos kms, os quais incluiam duas subidas importantes.


No final, mesmo sem força para sprintar em condições, novo record pessoal com o tempo de 47:40, menos 11 segundos do que na Corrida Jumbo realizada duas semanas antes.


Enquanto esperava, juntamente com as minhas filhas, pela chegada da Esmeralda, fui vendo a passagem de outros atletas, tendo avistado vários Évora Night Runners e até a Vonita Corredora! Com 1:12:37 de tempo líquido, finalmente chegou a Esmeralda, amaldiçoando o percurso oscilante da prova mas muita satisfeita com a prova realizada e o novo record pessoal obtido.
 
Provavelmente foi a minha última participação nesta prova. Apesar do percurso muito bonito, da grande participação popular (mas, sem surpresa, a diminuir de ano para ano) e da organização não apresentar falhas graves, é de lamentar que esta prova seja essencialmente encarada como uma forma de obter lucros fáceis. Como é possível que uma das maiores, e mais caras, provas Portuguesas nem sequer ofereça no final uma bebida isotónica ou uma barra, quando provas muito mais pequenas e baratas, e de nível supostamente inferior, o fazem com frequência? Como é possível que a medalha de finisher seja tão fraquinha e pequenina? A ideia que tenho é que as principais provas realizadas em Oeiras (para além desta, a Marginal à Noite e a Madrugada a Correr) têm como objectivo máximo o lucro, tirando partido da sua localização e condições naturais para atrair muitos atletas e oferecendo em troca muito menos que o preço elevado das inscrições deixaria antever (por exemplo, as duas provas referidas nem sequer têm qualquer oferta de finisher).

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Resumo

Tempo oficial líquido: 48:11
Tempo efectivo em 10K: 47:40
Ritmo efectivo: 4:46 min/km
Classificação geral: 995 / 6759
Classificação escalão (M4549): 146 / 715

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